Quando se fala nos primos e tios e trolhas e cães da França ou da Espanha, com aquelas matrículas amarelas e a falarem alto para toda a gente saber que são imigrante que vêm no Verão à festa da Terra é uma coisa. Isto foi completamente diferente. Não só eles vieram do outro lado do oceano, como conseguiram a proeza de me fazerem sentir saudades 3 dias depois. 1 dia depois, aliás. Porque na segunda-feira já a "blue suede shoes" não me saía da cabeça.
Estas coisas das pessoas aparecerem e desaparecerem faz-me uma tremenda confusão, eu nunca gostei de despedidas, mas o facto é que dizer adeus como se fosse um até já também dói quando sabemos que no fundo é um até ver (não me vês tão cedo) . Foi estranho o acordar no dia seguinte e perceber que o tempo passou mais depressa que um gelado, e custa quando me apercebo que a partir de agora vem o inferno. Vêm as bruxas, as vassouras, as sopas e os caldeirões, vai começar o freak show e eu não sei se me aguento encima da prancha, não sei mesmo, e se alguém me pudesse ajudar, eu não falava por meias palavras, e dizia que o meu problema talvez seja eu.
Seja como for, há que enfrentar a realidade, e estou de volta a ela.
Vagueando, até encontrar o que faz de mim eu, e virar as costas a essa menina.