domingo, 31 de outubro de 2010

De nada vale o suor,
Nem o pó e o mofo,
Se não te sabes a ti
Nem te conheces o estofo
E como bússola desorientada
Segues os passos da manada
És arrastado nas teias
E deixam-te a alma abafada
Pelas coordenadas alheias
De gente mal direcionada

Não te percas sem razões,
Constrói atalhos e horizontes
Sem te esqueceres das pontes
Faz-te TU, sem intervenções
Fica atento aos empurrões
Fiel ao teu instinto
Ou nunca chegas a saber,
ao ficares fora do labirinto
Se te irias lá perder.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"God, I'm glad I'm not me!"

'There he lies, God rest is soul..and his rudeness. A devouring public can now share de remains of his sickness, and his phone numbers. There he lie.. Poet, Prophet, Outlaw, Fake, Star of electricity. Nailed by a peeping tom, who would soon discover... even the ghost was more than one person.'

rigorosamente nada

Se um dia eu acordasse com o disco rígido formatado e não houvessem paredes, não houvesse uma porta de entrada, se não existisse todo um trabalho levado a cabo por terceiros, a quem eu devo respeito, para dar uma forma consistente a um ser que não se define por si mesmo, como seria ? Finalmente, e segundo a ordem natural das coisas, descobriria eu o meu lugar? Nunca vou chegar a saber. Secalhar até voltava ao ponto exacto onde me encontro...same old, same old. O que me interessava saber, para além do nome da minha rua, era que rumo é que as coisas teriam tomado se tudo tivesse acontecido de outra forma. Não creio que exista destino, definitivamente, creio que existe o efeito borboleta, a causa-consequência, o nunca-mais-acabam-os-porquês-das-coisas-acontecerem. O que é facto é que tenho mais sorte que uns, menos que outros, que me calhou um satisfaz bastante na vida, mas que os meus multifacetados e incompreensíveis pensamentos não me permitem uma crença fixa num jeito de ser, de ver. Sei lá, é tanta coisa.