...é exactamente isto que eu quero dizer:
Such is the way of the world
You can never know
Just where to put all your faith
And how will it grow
Gonna RISE up
Burning black holes in dark memories
Gonna rise up
Turning mistakes into gold
Such is the passage of time
Too fast to fold
And suddenly swallowed by signs
Low and behold
Gonna rise up
Find my direction magnetically
Gonna rise up
Throw down my ace in the hole
Eddie Vedder
RISE (Into the Wild)
Sem tirar nem pôr.
quinta-feira, 17 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Eu tenho O PODER
Apaguem isto
Está tudo ao contrário,
Não é assim, já devia ter visto
Vamos rever o itinerário:
Se tivesse ouvido o Bowie
Estava agora em Marte ?
Isto tá tudo mal
Façam-me aqui restart
Desligar e ligar
Sair e entrar
Voltar ao início, recomeçar
Desta vez, eu sou tu
Sou mais bonita e sensual
Mas, porra, tu és egoísta
E tens uma hérnia discal
Quero antes ser camionista
Ou uma cantora sentimental
Uma tosta mista,
O Pai Natal ?
Mas Mim sou assim
E meu génio, inóspito
Feito de couro e pó de pinheiro
Não quer outra fachada
E vai manter a morada
Cessem o astronauta e o trolha Arménio
Cesse tudo o que os rockstars cantam
Que Mim e o meu génio
Agora se alevantam.
(des)Inês
Março de 2011
Está tudo ao contrário,
Não é assim, já devia ter visto
Vamos rever o itinerário:
Se tivesse ouvido o Bowie
Estava agora em Marte ?
Isto tá tudo mal
Façam-me aqui restart
Desligar e ligar
Sair e entrar
Voltar ao início, recomeçar
Desta vez, eu sou tu
Sou mais bonita e sensual
Mas, porra, tu és egoísta
E tens uma hérnia discal
Quero antes ser camionista
Ou uma cantora sentimental
Uma tosta mista,
O Pai Natal ?
Mas Mim sou assim
E meu génio, inóspito
Feito de couro e pó de pinheiro
Não quer outra fachada
E vai manter a morada
Cessem o astronauta e o trolha Arménio
Cesse tudo o que os rockstars cantam
Que Mim e o meu génio
Agora se alevantam.
(des)Inês
Março de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
hipoteticamente falando
O amor é bem capaz de ser um meio de evasão que serve como desculpa para alguém se poder ridicularizar de quando em vez. Vi num filme que o amor não passa de uma "invenção capitalista feita por floristas gananciosos". São tantas as metáforas, tantas as comparações, tantos o "amor não se explica" que às vezes me ocorre que o amor é capaz de nem existir, ou é alta a probabilidade de ser mesmo uma invenção - e coisas dessas inventadas, nem sempre são fiáveis. Li que é errado pensar-se que a felicidade se encontra essencialmente nas relações entre pessoas, que a felicidade, ou a sua busca (já que também tem a sua quota parte de ilusão) encontra-se em tudo aquilo que nos rodeia, que é vivo, em que se tem fé. E muito boa gente lá tem fé no amor e até se diz feliz. Mas ele é tão banalizado, tão dado adquirido que chega a cheirar mal. Acredito, talvez, no amor fraterno, no apoio único e incondicional de um pai e uma mãe, os únicos que ainda me fazem acreditar que vai mesmo ficar tudo bem. De resto, são eles que moldam o meu valor, e apesar de não negar a minha descrença, aceito o facto de um dia o amor poder vir a acontecer comigo, só que o meu 'amor' pela vida e tudo o que isso implica vai ser sempre maior. Vai ser sempre maior a vontade de ser fiel, antes de tudo, a mim, e quem sabe um dia recolha ao meu canto, calejada, e seja feliz com o que conquistei.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Outra vez não
Não sei definir o que vai cá dentro. Lá fora parece tudo protocolo, sistemático, um levantar e voltar a cair frio e cruel, um golpe baixo e sujo e uma impotência asfixiante. Da primeira vez não doeu, mas ficaram marcas a longo prazo que me fazem sentir saudade do que não conheci, depois foi diferente, houve todo um processo de pré-conformismo que me deixou incoformada até ao dia em que aconteceu. Ainda não consegui entender como quiseram conviver com um facto sem ele ter ainda acontecido e quando, depois de tanta previsibilidade, realmente aconteceu, ninguém estava preparado e o chão fugiu-nos a todos. Falo da morte, sim, dessa besta insaciável à qual um dia gostava de ter a felicidade de ceder com o cabelo bem branco e um suspiro zen. Mas as coisas nem sempre são como idealizamos, e se os filhos não fazem a vontade aos pais porque raio vai a morte fazer-me a mim? Não somos donos de nada, nem da própria vida, e nunca há momentos oportunos para este 'tipo de coisa' acontecer. Não estou , nem quero estar, em fase de pré-conformismo, de aceitação.. por momentos achei-me fria e ausente, mas não, isto sou eu a querer que alguém viva, o que não é, propriamente, contra-natura. Já me tinha esquecido de como é ver o sofrimento por antecipação, amargo, enquanto eu me seguro a não sei o quê que me faz o choro leve e silencioso. O que vai cá dentro é uma esperança paciente e despida de ansiedade, à espera que voltes e me faças batatas fritas ensopadas em óleo ou assado no Domingo.
domingo, 9 de janeiro de 2011
(in)diferença
Não sei a quantas ando
Enquanto isso,
A vida vai mudando
Dois passos à minha frente
A levar a minha gente
E a trilhar o meu caos
Não sei os porquês
Mas estou bem com a mudez
Do mundo em bruto,
Pleno absoluto
Sei que demasiada impotência
Com tão pouca resignação
É um insulto à inteligência
De quem luta pela explicação
Mas sei também
Que às vezes chove no Verão
Que se chora, sem razão
E que ninguém
Passou por mim em vão
Enquanto isso,
A vida vai mudando
Dois passos à minha frente
A levar a minha gente
E a trilhar o meu caos
Não sei os porquês
Mas estou bem com a mudez
Do mundo em bruto,
Pleno absoluto
Sei que demasiada impotência
Com tão pouca resignação
É um insulto à inteligência
De quem luta pela explicação
Mas sei também
Que às vezes chove no Verão
Que se chora, sem razão
E que ninguém
Passou por mim em vão
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Para o ano há mais
Antes não cabíamos todos: era apertado à mesa, era apertado na cozinha e no sofá eram todos ao molho, especados em frente à televisão à espera de ouvir " Welcome to Gateway, Leone..we've been waiting for you" . Mal conseguia acompanhar as legendas e tapava os olhos quando o Stallone tava a levar porrada, mas adorava aquilo, e adorava quando nós víamos e revíamos aquela cassete, porque era a nossa tradição.
Muitas coisas mudaram, as pessoas mudaram, o bolo rei mudou, o VHS foi-se. Vale o espírito natalício dos persistentes que vêm aquecer as mãos na mesma fogueira, que mudou de residência. Tudo mudou porque crescemos, porque o pilar se foi, porque se inventam desculpas encima da verdade crua. Mas ainda bem que nunca deixa de ser Natal e que nós nunca deixamos de ser uma família nem de tirar os frutos cristalizados do bolo rei. São dias de intensa actividade do pouco fazer, engordar um tanto, jogar umas cartas, um scrabble, tomar um café, aquecer os pés, contar umas piadas e voltar a comer. Têm-se assim umas conversas baratas que fazem rir o bacalhau, e comer outra vez. E o ponto alto até nem são os presentes, é depois fazer o sorteio umas 5 vezes (nestas coisas há sempre falhas) e a meio do ano se perderem os papeizinhos. É esse o espírito! Ver toda a gente com as bochechas vermelhas de calor quando lá fora faz frio, fazer uma batota de segunda, falar alto para a outra ponta da mesa, dar um abraço aqui e ali.
Volta e meia é Natal num fim de tarde quente de Verão ou num Domingo pachorrento em que nos encontramos por uma feliz coincidência e nos apercebemos que, afinal, o que importa nunca chegou a mudar.
Muitas coisas mudaram, as pessoas mudaram, o bolo rei mudou, o VHS foi-se. Vale o espírito natalício dos persistentes que vêm aquecer as mãos na mesma fogueira, que mudou de residência. Tudo mudou porque crescemos, porque o pilar se foi, porque se inventam desculpas encima da verdade crua. Mas ainda bem que nunca deixa de ser Natal e que nós nunca deixamos de ser uma família nem de tirar os frutos cristalizados do bolo rei. São dias de intensa actividade do pouco fazer, engordar um tanto, jogar umas cartas, um scrabble, tomar um café, aquecer os pés, contar umas piadas e voltar a comer. Têm-se assim umas conversas baratas que fazem rir o bacalhau, e comer outra vez. E o ponto alto até nem são os presentes, é depois fazer o sorteio umas 5 vezes (nestas coisas há sempre falhas) e a meio do ano se perderem os papeizinhos. É esse o espírito! Ver toda a gente com as bochechas vermelhas de calor quando lá fora faz frio, fazer uma batota de segunda, falar alto para a outra ponta da mesa, dar um abraço aqui e ali.
Volta e meia é Natal num fim de tarde quente de Verão ou num Domingo pachorrento em que nos encontramos por uma feliz coincidência e nos apercebemos que, afinal, o que importa nunca chegou a mudar.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Concisão
O problema com a felicidade é que as pessoas se acomodam, a coisa banaliza-se, e , consequentemente, é desvalorizada e deixa de ser felicidade. Por isso é que é efémera. Por isso é que o Mick Jagger diz "you can't always get what you want, but if you try sometimes, you might find that you get what you need" É um mundo de gente insatisfeita. A verdade é que quando somos fiéis a nós, sabemos que somos felizes...quando escolhemos um caminho sem o repensar e acabamos por nos surpreender. Quando se atira a moeda ao ar e as coisas não saem ao acaso porque há sempre desculpas- 'ah, bateu ali no canto'- para atirar de novo ou porque, convenhamos, o dinheiro não é de confiança. Mas nós somos. E no final das contas , sabemos exactamente o que queremos.
Sabe tão bem fazer as escolhas acertadas, para variar.
Qual destino, qual quê...podemos fazer inversão de marcha com uma pinta: Para onde ir não vem ao caso, vem ao caso rir sem motivo aparente, correr descalço, e, de quando em vez, sermos atingidos pela mania de criança de achar que tudo tem vida própria. Há que falar com paredes e que dormir no chão. Há que fugir. Há que sentir amor próprio a coçar o egoísmo.
Posso não estar a ser concreta, mas manifesto-me à margem de um mundo podre sob hipnose que jamais vai escutar os meus devaneios e erguer-se perante todos os mecanismos racionais que envolvem o ridículo da sua própria existência.
E a isso eu digo: fo#&-§€
Sabe tão bem fazer as escolhas acertadas, para variar.
Qual destino, qual quê...podemos fazer inversão de marcha com uma pinta: Para onde ir não vem ao caso, vem ao caso rir sem motivo aparente, correr descalço, e, de quando em vez, sermos atingidos pela mania de criança de achar que tudo tem vida própria. Há que falar com paredes e que dormir no chão. Há que fugir. Há que sentir amor próprio a coçar o egoísmo.
Posso não estar a ser concreta, mas manifesto-me à margem de um mundo podre sob hipnose que jamais vai escutar os meus devaneios e erguer-se perante todos os mecanismos racionais que envolvem o ridículo da sua própria existência.
E a isso eu digo: fo#&-§€
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