sexta-feira, 30 de abril de 2010

Devaneio

Há dias e dias.
Hoje foi um desses dias, entre tantos outros, em que faço aquele jogo de olhar pra cima e ver que afinal não estou aqui. Há coisas que me atormentam, que me afectam, essas coisas são normalmente as pessoas, toda a gente tem o dom de me fazer acreditar que sou feliz, e secalhar não sou.. estou naquela fase das dúvidas existenciais, quem sou eu, o que faço aqui, porquê, como , mas já são suficientes os dramatismos, basta de réplicas, queria protótipos, originalidade, é só o que peço, verdade! Ninguém tem de me agradar, ninguém tem de gostar de mim ou de me compreender, basta aceitarem-me, ainda não sou dependente de opiniões alheias, e espero que essa mania nao me pegue, mas irrita-me o facto de se rirem quando detestam, de apoiarem quando estão contra, porque raio é que me tenho de render à evidência ? Quem foi que disse isso ?
A mania das pessoas de fingirem começa seriamente a incomodar-me, ter uma desilusão em cada esquina, ter de escolher confiar ou não confiar, até podia dizer que sou ingénua, mas não sou, bem que me podia refugiar em mais essa coisinha, mas não sou do tipo que vive de idealizar um mundo. Há que aproveitar o que está. Se o que estiver for um monte de caca, fertiliza-se!

Hoje vi um Louco, se quisermos procurar, encontramos sempre um ou dois mesmo à nossa frente. Esses são os mais felizes, não por viverem num mundo que não existe, mas também não é por se conformarem. Cheira-me que é porque são os únicos que têm a capacidade de ver e criar com o que vêm, esses são super-heróis, são algum tipo de masterminds, fascinam-me tanto que quando crescer quero ser um. Se a loucura se banalizar, deixa de ser loucura, passa a ser normalidade. Era mesmo do que eu precisava. Disso e de uma melancia.

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